Autores: Aline Bossi Teixeira e Gisele Ribeiro da Silva

Desde o início das Revoluções Industriais, a humanidade tem enfrentado desafios crescentes que colocam em prova sua própria sobrevivência. A intensificação da atividade industrial, aliada à exploração desenfreada dos recursos naturais, desencadeou uma crise climática sem precedentes — um fenômeno que, hoje, ameaça não apenas o equilíbrio ambiental, mas também a estabilidade econômica e social em escala global. 

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou recentemente dados que acendem um sinal de alerta para o futuro do planeta. Segundo o órgão, eventos climáticos extremos — como ondas de calor, secas prolongadas, inundações e tempestades intensas — estão se tornando cada vez mais frequentes e severos, provocando preocupação na comunidade científica internacional. Esses fenômenos, antes considerados excepcionais, passaram a ocorrer com maior regularidade, afetando diretamente ecossistemas, infraestrutura e a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. 

A análise é reforçada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que em seu relatório de 2022 aponta que “a mudança climática induzida pelo homem, além da variabilidade climática natural, incluindo eventos extremos mais frequentes e intensos, causou impactos adversos generalizados e perdas e danos relacionados à natureza e às pessoas.” O documento destaca ainda que, sem uma resposta global coordenada e imediata, os danos podem se tornar irreversíveis em diversas regiões do planeta. 

Nesse sentido, novas formas para lidar com essa situação tem surgido pelo mundo, principalmente quando se trata de altas tecnologias, é visto um grande empenho em criar materiais específicos para a adaptação à crise, como inteligências artificiais, satélites, drones, aplicativos, entre outros. Especialistas avaliam que o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental podem caminhar lado a lado, sobretudo diante do avanço de inovações sustentáveis no setor empresarial. No entanto, frente ao agravamento da crise ambiental, intensifica-se o debate sobre os limites de se priorizar interesses econômicos e a real eficácia de tecnologias que apenas adaptam a sociedade à crise, sem enfrentá-la de forma estrutural. 

Frente a isso, com a aproximação da edição anual da COP, a “COP30”, que será sediada em Belém, no Pará, o embaixador André Corrêa do Lago, afirmou “que estão empenhados em fazer dessa conferência a “COP das soluções”, isto é, um momento que de fato sejam apresentadas medidas funcionais e que tenham um combate efetivo à emissão de gases do efeito estufa. Embora visualize grande expectativa para o evento, afirma que nos encontros que teve com diferentes autoridades até o momento, não notou um interesse genuíno na causa, e não reconheciam a ação humana como um agravante do aquecimento global, mas fará o possível para que as nações passem a contribuir da melhor forma possível. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2024/08/os-5-dados-assustadores-sobre-o-clima-extremo-ligados-ao-aumento-do-calor-na-terra)

https://www.weforum.org/stories/2024/02/ai-climate-adaptation-technologies/

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/papo-de-responsa/2025/05/e-preciso-acelerar-negocios-para-frear-a-crise-climatica.shtml

https://www.cartacapital.com.br/entrevistas/cop30-quer-ser-cop-de-solucoes-para-a-crise-climatica/

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