Os eventos que marcaram os últimos dias da maior guerra do leste europeu no século XXI.

Autor:  Áquila Pires Manvailer.

Anúncio de gastos militares recordes por Moscou

Putin anunciou, durante uma reunião do Ministério da Defesa nesta terça-feira (14), que o gasto da Rússia com atividades relacionadas à segurança nacional chegará a 8,7% do Produto Interno Bruto do país, uma quantidade não alcançada desde a União Soviética. A iniciativa lembrou a política de “canhões e manteiga” da União Soviética, que se refere ao equilíbrio entre gastos bélicos e suprimentos.

Patruchev afastado do governo

Nikolai Patruchev, símbolo da linha dura no que tange a espionagem no governo Putin, foi afastado do Conselho de Segurança de Putin nesta terça-feira (14). O ex-espião do Serviço Federal de Segurança (FSB), órgão sucessor do infame Comitê de Segurança do Estado (KGB), estava ao lado de Putin desde sua ascensão ao poder, sendo agora responsável por parte da indústria naval do país.

Chefe da diplomacia dos Estados Unidos visita Ucrânia e restabelece apoio.

Antony Blinken, secretário de Estado americano, foi à Ucrânia nesta terça-feira (14) para encontro com Volodymyr Zelenski, pela quarta vez desde o começo da guerra. Representando Washington, Blinken garantiu que mais ajuda militar estaria a caminho, sustentando o compromisso americano com a agenda anti-Rússia. Zelenski afirmou a ajuda como essencial haja vista os novos avanços russos no leste ucraniano, em Kharkiv.

Chefe da guarda presidencial ucraniana é demitido após suspeita de plano de assassinato.

Na última quinta-feira (9), o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski demitiu seu chefe de guarda presidencial após denúncias acerca de membros do órgão estarem envolvidos em planos para assassinar o Chefe de Estado.

Putin assume o poder na Rússia pela quinta vez e, entre ameaças, fala de diálogo com o ocidente.

Na terça-feira (7) foi anunciado um evento sem precedentes na história da Federação Russa: Vladimir Putin, presidente do país desde 2000, fora eleito para mais um mandato à frente do Kremlin. Nesta ocasião, o presidente afirmou que, apesar da longa duração e de toda uma situação de entrave diplomático envolvendo a Guerra da Ucrânia, seu governo jamais esteve fechado para diálogos com o ocidente.

“Eles terão de escolher se querem a estabilidade estratégica. Juntos, venceremos”.

Ação militar da Rússia em Kharkiv.

Forças do Exército Russo invadiram na última sexta feira (10) a cidade ucraniana de Kharkiv, localizada a, aproximadamente, 480 quilômetros da capital Kiev e habitada, anteriormente, (dados de 2017) por cerca de um milhão e meio de pessoas. 

A ação do exército russo abre uma nova frente na guerra e vem como resposta ao contra-ataque ucraniano responsável por retirar a cidade da ocupação russa ainda em 2022. Como resultado disto, as forças Ucranianas na região foram obrigadas a se dirigir para os arredores de Kiev (visando evitar uma possível quebra na linha de defesa) e, além, disso, a evacuar e realocar os civis antes abrigados na região de Kharkiv. 

Como resultado estratégico da reocupação russa, a pressão de Moscou em resposta ao insucesso na contra ofensiva de Kiev aumentou exponencialmente, com peças de artilharia ucranianas mobilizadas na cidade, antes responsáveis por atacar o sul russo, estando agora capacitadas para atingir seus alvos anteriores.


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