Autora: Ana Laura Cesar Costa Gonçales

Revisor: Adriel Tanabe

O Grande Prêmio do Brasil, que aconteceu no primeiro final de semana de novembro, estava sendo fortemente aguardado não só pelos brasileiros, mas por todos os fãs da categoria, pois era visto como um momento decisivo, visto que o campeonato ainda estava em aberto. Para o piloto Lando Norris, segundo colocado no Mundial de Pilotos, era a corrida crítica para que ele se aproximasse do tricampeão e atual líder, Max Verstappen, que perderá 5 posições no grid de largada devido à uma troca de motor. O final de semana parecia promissor para o piloto inglês da McLaren, mas nada do que esperado aconteceu. 

A chuva forte marcou presença durante os três dias de evento, mas foi especialmente impactante no sábado, que aconteceu a corrida sprint, e no domingo, dia da corrida principal. A situação era tão crítica que a classificação, que define as posições de largada dos pilotos e normalmente acontece no dia anterior à corrida principal, teve de ser adiada e ocorreu às 7 horas da manhã do domingo e foi marcada por bandeiras vermelhas e acontecimentos inesperados. Seja o número de bandeiras amarelas, safety car e até mesmo uma paralisação com bandeira vermelha, a corrida não pode ser descrita de outra forma senão caótica, pilotos batendo, carro escapando para brita, baixa visibilidade… A corrida acabou com apenas 15 dos 20 pilotos que compõem o grid. Verstappen fez uma corrida espetacular e largou em P17 e venceu a corrida, quebrando seu jejum de 10 corridas sem vitória, compartilhando um pódio inesperado com a dupla francesa de pilotos da Alpine, Esteban Ocon e Pierre Gasly, já o piloto Norris da McLaren teve um final de semana para esquecer, largou na pole position primeira posição no grid de largada – e cruzou a bandeira quadriculada  na sexta posição, se distanciando ainda mais do líder do campeonato. 

O final de semana foi marcado por tensões fora da pista também, visto que os fãs do esporte relataram passar um verdadeiro sufoco com a falta de organização do evento. Filas gigantescas desprotegidas em meio às tempestades, fizeram com que grande parte do público perdesse atividades na pista, o que gerou grandes críticas em relação a desordem do evento.

Mas não só de caos se baseou o GP de São Paulo, pois também contou com belíssimas homenagens ao grande ídolo do automobilismo brasileiro Ayrton Senna. A mais emocionante aconteceu no domingo, antecedendo a corrida principal, em que o heptacampeão mundial e fã declarado de Senna, Lewis Hamilton, pilotou o carro que o brasileiro conquistou um de seus três títulos mundiais: a McLaren de 1990. Com direito a muita chuva e gesto com bandeira brasileira, marcas registradas de Senna, Hamilton deu algumas voltas no circuito de Interlagos, levando o público presente, ao som do motor V10, a loucura e emocionando todos que assistiam em casa. 

Logo após a homenagem, Lewis fez diversos posts em suas redes sociais agradecendo a grande oportunidade e afirmando ser o momento mais emocionante de sua carreira. “Parece um sonho. É uma honra enorme e um momento que será para sempre um marco na minha vida. Obrigado Senna, Obrigado Brasil.”, escreveu o piloto. 


0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *